Só de pensar já começo a tremer outra vez...
A conta de luz chega a cada dois meses, e é referente ao bimestre corrente. Pagamos uma delas, de fevereiro e março. O problema é que a conta anterior, referente a dezembro e janeiro ainda estava em aberto.
Consequência: na quarta-feira, dia 19, a potência a disposição foi reduzida de 15%.
Como consumimos pouca energia no nosso dia-a-dia, essa diferença QUASE não foi sentida. Quase porque para esquentar a água, é preciso ligar um aquecedor. Quando fomos ligá-lo, desarmou o dejuntor (q palavra feia, é assim mesmo q escreve???). Desde então, minha vida não sabe mais o que é água quente.
Consequência: muita coragem para tomar banho GELAAAAADO.
E sabe o que é estranho... quando fui passar a conta de luz pro meu nome, perguntei pro cara quando iam religar esses 15%. Era uma sexta feira, e ele disse que seria ou no mesmo dia ou só na segunda feira. Ou seja, os responsáveis por isso não trabalham sábado e domingo. Achei que como um serviço essencial, eles deveriam trabalhar de plantão, como no Brasil... mas pelo jeito, não é nada disso!!!
domingo, 23 de maio de 2010
Tudo em dia
Foi mesmo uma semana de colocar as peças nos seus devidos lugares. Finalmente arranjei um tempo e coragem para enfrentar a burocracia italiana.
1) Anagrafe
Estamos no apê novo desde março. Mas para as autoridades, só agora eu tenho a residência registrada onde moro. Na Itália, o cidadão é identificado mais pelo registro de morada do que por números de documento. Então, ecco fatto!
2) Carteirinha ônibus
Descobrimos uns meses atrás que é possível se registrar como desempregado e pagar muito menos pelo transporte. Em vez de comprar o bilhete mensal de 30 euros, fiz a carteirinha e agora gasto 150 para rodar o ano inteiro.
3) Contas de luz
Quando entramos na casa nova, a moça que morava antes pediu que fôssemos na central e mudássemos o titular da conta de luz da casa. Diferente do esperado, foi muito simples, nem parecia Itália. A recepção da Acea é grande, a senha, eletrônica e é respeitada a ordem. O atendente foi muito cordial. Não precisei desembolsar nada e ficou tudo acertado.
1) Anagrafe
Estamos no apê novo desde março. Mas para as autoridades, só agora eu tenho a residência registrada onde moro. Na Itália, o cidadão é identificado mais pelo registro de morada do que por números de documento. Então, ecco fatto!
2) Carteirinha ônibus
Descobrimos uns meses atrás que é possível se registrar como desempregado e pagar muito menos pelo transporte. Em vez de comprar o bilhete mensal de 30 euros, fiz a carteirinha e agora gasto 150 para rodar o ano inteiro.
3) Contas de luz
Quando entramos na casa nova, a moça que morava antes pediu que fôssemos na central e mudássemos o titular da conta de luz da casa. Diferente do esperado, foi muito simples, nem parecia Itália. A recepção da Acea é grande, a senha, eletrônica e é respeitada a ordem. O atendente foi muito cordial. Não precisei desembolsar nada e ficou tudo acertado.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Eleições
Os países da Europa, de modo geral, estão vivenciando eleições em 2010.
A Itália escolheu seus representantes regionais (Presidente di Provincia e Comune). A França também realizou eleições locais. Agora é a vez da Inglaterra escolher o Primeiro-Ministro.
Como nestes países o voto não é obrigatório, cada vez mais se concretiza a ausência dos eleitores às urnas. Na Itália assim como na França, o vencedor das eleições foi a abstenção!!!
Tenho quase certeza de que no Brasil não seria diferente se não fôssemos obrigados a comparecer. Mas até que ponto a obrigatoriedade é útil?
Te força a fazer uma escolha entre os condidatos, não necessariamente com uma reflexão sobre as consequências e a importância da esfera política na vida cotidiana....
Mesmo com o voto não obrigatório, muitos europeus vão às urnas e votam nulo ou branco. Ou seja, se dão ao trabalho de sair de casa e enfrentar as filas para votar, mas não querem nenhum dos candidatos e partidos que se dispõem a governar.
Do que aprendi nos dois anos de curso de Ciências Políticas, a conclusão que chego é que: 1) não existe modelo perfeito, existe o mais eficiente para cada cultura e realidade do país; 2) mudanças no sistema eleitoral/representativo são complexas não só na organização mas principalmente na mentalidade da população, em como as pessoas recebem e percebem as alterações.
Ou seja, não tomemos a Europa ou os Estados Unidos como exemplo para o sistema brasileiro, nem sempre o que é bom para eles é bom para nós. Se for necessário alterar a legislação, que seja muito bem pensado antes, para evitar arrependimentos depois; e faça a mudança partindo do princípio que as pessoas levam tempo (às vezes muito tempo) para digerir as novas idéias.
A Itália escolheu seus representantes regionais (Presidente di Provincia e Comune). A França também realizou eleições locais. Agora é a vez da Inglaterra escolher o Primeiro-Ministro.
Como nestes países o voto não é obrigatório, cada vez mais se concretiza a ausência dos eleitores às urnas. Na Itália assim como na França, o vencedor das eleições foi a abstenção!!!
Tenho quase certeza de que no Brasil não seria diferente se não fôssemos obrigados a comparecer. Mas até que ponto a obrigatoriedade é útil?
Te força a fazer uma escolha entre os condidatos, não necessariamente com uma reflexão sobre as consequências e a importância da esfera política na vida cotidiana....
Mesmo com o voto não obrigatório, muitos europeus vão às urnas e votam nulo ou branco. Ou seja, se dão ao trabalho de sair de casa e enfrentar as filas para votar, mas não querem nenhum dos candidatos e partidos que se dispõem a governar.
Do que aprendi nos dois anos de curso de Ciências Políticas, a conclusão que chego é que: 1) não existe modelo perfeito, existe o mais eficiente para cada cultura e realidade do país; 2) mudanças no sistema eleitoral/representativo são complexas não só na organização mas principalmente na mentalidade da população, em como as pessoas recebem e percebem as alterações.
Ou seja, não tomemos a Europa ou os Estados Unidos como exemplo para o sistema brasileiro, nem sempre o que é bom para eles é bom para nós. Se for necessário alterar a legislação, que seja muito bem pensado antes, para evitar arrependimentos depois; e faça a mudança partindo do princípio que as pessoas levam tempo (às vezes muito tempo) para digerir as novas idéias.
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