Os países da Europa, de modo geral, estão vivenciando eleições em 2010.
A Itália escolheu seus representantes regionais (Presidente di Provincia e Comune). A França também realizou eleições locais. Agora é a vez da Inglaterra escolher o Primeiro-Ministro.
Como nestes países o voto não é obrigatório, cada vez mais se concretiza a ausência dos eleitores às urnas. Na Itália assim como na França, o vencedor das eleições foi a abstenção!!!
Tenho quase certeza de que no Brasil não seria diferente se não fôssemos obrigados a comparecer. Mas até que ponto a obrigatoriedade é útil?
Te força a fazer uma escolha entre os condidatos, não necessariamente com uma reflexão sobre as consequências e a importância da esfera política na vida cotidiana....
Mesmo com o voto não obrigatório, muitos europeus vão às urnas e votam nulo ou branco. Ou seja, se dão ao trabalho de sair de casa e enfrentar as filas para votar, mas não querem nenhum dos candidatos e partidos que se dispõem a governar.
Do que aprendi nos dois anos de curso de Ciências Políticas, a conclusão que chego é que: 1) não existe modelo perfeito, existe o mais eficiente para cada cultura e realidade do país; 2) mudanças no sistema eleitoral/representativo são complexas não só na organização mas principalmente na mentalidade da população, em como as pessoas recebem e percebem as alterações.
Ou seja, não tomemos a Europa ou os Estados Unidos como exemplo para o sistema brasileiro, nem sempre o que é bom para eles é bom para nós. Se for necessário alterar a legislação, que seja muito bem pensado antes, para evitar arrependimentos depois; e faça a mudança partindo do princípio que as pessoas levam tempo (às vezes muito tempo) para digerir as novas idéias.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
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